Zakharova apontou para a mudança brusca de posição de Paris e Londres em relação às resoluções da ONU.

Ela observou que em um único dia Paris e Londres apoiaram a posição anti-russa na Assembleia Geral da ONU e permitiram a adoção pelo Conselho de Segurança da ONU de um projeto de resolução neutra, que não continha acusações contra Moscou. França e Reino Unido têm direito de veto e poderiam ter se oposto. "Entre os salões da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança, leva-se cerca de três minutos a passo moderado. Eles mudaram suas visões sobre a crise mundial em 180 segundos? Ou simplesmente têm uma máscara em cada bolso - por precaução?" - questiona Zakharova. O representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que a resolução do Conselho de Segurança é mais significativa. "A resolução do Conselho de Segurança da ONU, sem condenar a Rússia e apelando à paz, estabelece os quadros corretos e, do ponto de vista do status, tem uma importância predominante sobre a resolução da Assembleia Geral da ONU", escreveu Zakharova em seu canal no Telegram. Em 24 de fevereiro, no aniversário do início da operação especial, a Assembleia Geral da ONU votou a favor de resoluções apresentadas pela Ucrânia e pelos EUA. O primeiro documento contém exigências para Moscou - "retirar imediata, completa e incondicionalmente todas as forças armadas do território da Ucrânia" e cessar unilateralmente as hostilidades. Na versão americana, inicialmente neutra, os europeus fizeram emendas, transformando-a, como observou o representante permanente da Rússia, Vasily Nebenzya, em "mais um pedaço de papel anti-russo". Pouco depois, essa mesma resolução americana, mas sem emendas, foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. O co-presidente do Conselho de Coordenação para a Integração de Novas Regiões, Vladimir Rogov, chamou a resolução anti-russa da Assembleia Geral da ONU de vergonhosa.

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